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De fã para fã - Como desenvolvedores independentes mantém retro-consoles ainda vivos.

De Resident Evil para Mega Drive a Final Fantasy VII para NES, desenvolvedores independentes mantém viva a chama retro, aproveitando um nicho que hard/softhouses tem grandes dificuldades em explorar.


Human Pac Man

Em tempos remotos, fabricantes de games/consoles introduziram a um público (em sua maioria, jovem) jogos responsáveis por marcar mais de uma geração. A escassez de recursos tecnológicos obrigavam desenvolvedores de jogos a esmiuçar todo o (hoje considerado) curto potencial eletrônico e de processamento, focando principalmente na diversão dos jogadores.


Como positivo efeito colateral, aqueles que no passado eram jogadores assíduos, hoje se tornaram desenvolvedores daquelas plataformas, desenvolvendo jogos de mesma qualidade ou até mesmo superior aos jogos de outrora.


Em virtude disto um novo nicho de mercado surgiu, focando o desenvolvimento para plataformas retro, contrariando a avançada capacidade tecnológica atualmente disponível


Estes desenvolvedores são responsáveis por manter na ativa diferentes consoles e projetos de jogos. Com este texto pretendo apresentar alguns destes, bem como mostrar aos leitores que é possível se envolver, contribuir e desenvolver produtos, contribuindo com o meio que tanto amamos.


O restante do post está dividido por plataformas. Ao final, breves comentários sobre como grandes fabricantes tentaram explorar o mercado de jogos retro.



NES



Quem acompanha o blog sabe que eu considero Final Fantasy VII como o melhor RPG, dentre os muitos que eu já joguei. Um grupo de desenvolvedores possivelmente tem pensamento análogo. Tanto é verdade que portaram o game (originalmente para PS1) para o NES. Veja o vídeo abaixo.



O jogo não possui todas as sidequests da versão original. Apesar disto, segue a risca toda a história principal do jogo. Fantástico!





SNES


A companhia japonesa FoxBat lançou neste ano (sim, 2017!) um game de luta, após quase 20 anos do último jogo para o console. Confira a análise e playthrough do canal Warpzone:



Os produtores do jogo são nada menos que ex-funcionários da SNK, responsáveis por desenvolvimento de jogos como Samurai Showdown e The King of Fighters. Consequentemente, o jogo é esteticamente agradável e possui uma mecânica interessante para um jogo de luta.





MEGA DRIVE


Dentre os consoles da SEGA, Mega Drive é um dos principais. Em virtude disto, empresas como a Watermelon (do grandioso Pier Solar - veja aqui) continuam em constante desenvolvimento de jogos para o console.


A bola da vez é Paprium, previsto para início de 2018.



"Rule, be ruled or die!"



O jogo é um beat'n up, com claras influência de jogos como Street of Rage/Bare Knucle. Promete!





Além do Paprium, a ser lançado, merece destaque o homebrew demo de Resident Evil. O game vem sendo desenvolvendo por um fã. Apesar de ainda estar em estágio inscipiente já possui importantes funcionalidades da franquia.



O jogo pode ser baixado e testado em emuladores por qualque usuário interessado. Confira:






DREAMCAST



O precoce knock out do Dreamcast causou tristeza em muitos fãs. Em mim, inclusive. Por outro lado, fortaleceu uma comunidade que se mantem ativa e em desenvolvimento até os dias de hoje.


Intrepid Izzy é prova disso. Recentemente chegou ao Kickstarter, prometendo ser uma grande alternativa plataforma para o console imortal.




Além de jogos como o acima citado, destacam-se game engines específicas para Dreamcast (confira aqui - Titan Game Studio), mods HD, USB, SD e outros.



Destaco ainda que há como conectar seu Dreamcast online utilizando diferentes métodos. O mais elegante utiliza um Raspberry Pi + Modem para utilizar seu Wifi no Dreamcast (DreamPI). Em vista disso, vários jogos estão ainda disponíveis para se jogar online, conforme lista a seguir:


  1. 4x4 Evolution

  2. Alien Front Online

  3. ChuChu Rocket!

  4. Maximum Pool

  5. The Next Tetris: Online Edition

  6. PBA Tour Bowling 2001

  7. Phantasy Star Online v1 e v2

  8. Planet Ring

  9. Quake III Arena

  10. Sonic Adventure

  11. Starlancer

  12. Toy Racer

  13. Worms World Part

  14. Monaco Grand Prix


Destes jogos destaco Phantasy Star Online. Primeiro MMORPG da história dos consoles. Se ainda não conhece, come and join us!



DAS FALHAS DAS GRANDES COMPANHIAS


Se por um lado fãs mantém o espírito retro em alta, grandes companhias pecam, pensando exclusivamente em retorno financeiro e abusando da paixão dos consumidores. Recentemente tivemos relançamentos de NES/Mega Drive (veja análise aqui)/ATARI e agora SNES.


Apesar da tecnologia dos dias atuais muitos destes consoles deixam a desejar em desempenho (à luz de diferentes óticas) e, principalmente, preço. Consistem majoritariamente de emuladores embarcados, de baixa qualidade/durabilidade. Com isto provam que o verdadeiro interesse é somente aproveitar a hype, sem dar a mínima para os apaixonados consumidores.




O QUE ESPERAR PARA O FUTURO?


O desenvolvimento de um jogo ainda é um grande desafio. Entretanto, desafio reduzido quando comparado ao desenvolvimento em tempos passados. Em vista do exposto, games como Intrepid Izzy, Unholy Night e Paprium se tornarão cada vez mais comuns em nosso meio (assim espero!).



Bom, é isto. Fico por aqui.



Um fraterno abraço,

-- Samir Angelo Milani Martins

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